domingo, 20 de março de 2011

Superlativizar não é preciso

Gosto de Caio Fernando de Abreu, Lispector e Manuel Bandeira. Já tive minhas fases de Dalto Trevisan e sua escrita bizarra. Luís Fernando Veríssimo me fascina. Fernando Pessoa ainda me comove. Scliar é imortal e Saramago também. Nelson Rodrigues ocupa um lugar grande da minha mochila imaginária. Chico Buarque faz parte do meu grupo, Ruben Fonseca me convida ao seu passeio noturno, Tati Bernardi e Martha Medeiros dançam dentro de mim e Carpinejar é livro de cabeceira virtual.
Não leio o que não gosto. Não estou prestando concursos com leituras obrigatórias, então, me dou ao luxo de escolher o que leio. Leio por prazer e escrevo também. Escrevo para libertar o meu eu, minhas limitações e minhas incertezas. Não escrevo por encomenda; escrevo por mim e para mim. Estou em cada linha, em cada palavra, surjo em cada letra sem me esconder nas entrelinhas. Não tenho um eu-lírico, não me escondo em outro, sou o outro.
Não estou sendo cotada para fazer parte dos seletos livros de um concurso vestibular e nem escrevo sobre a previsão do tempo que preciso ser lida por utilidade pública, assim, me lê quem deseja, me lê quem se encontra em mim, quem faz da minha escrita algo que desacomode, algo que faça algum sentido, ou nenhum...
Não faço textos para "fora", faço textos para dentro, para dentro de mim. Aceito críticas, mas quando essas críticas tornam-se rotineiras e todos os textos possuem algum defeito de fabricação, me resta perceber que não estou errada (nem certa), simplesmente a minha escrita não pratica mais nenhuma comoção neste outro...
E, então, é hora de virar a página... fechar o livro... E parar de Superlativizar...

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Minha querida amiga, aceita esse meu humilde comentário como uma crítica construtiva...não sei por qual motivo escrevesse esse post, mas acredito que críticas só servem quando são construtivas, do contrário devemos ignorá-las. E tem mais, o blog é como um diário virtual, ou seja, um lugar para escrevermos, nossas opiniões, sensações, perturbações e isso ninguem pode criticar. O blog é apenas para ser lido, não para ser criticado. Se preciso for criarei uma campanha: SUPELATIVIZA RITA!!!
    Pois se Carpinejar é teu livro de cabeceira virtual, o Superlativos é o meu!

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