domingo, 16 de outubro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

Do departamento dos pequenos prazeres

*Andar descalça;
* Caminhar na praia;
* Chuva no telhado;
* Saudadezinha pequenininha;
*Riso sem controle (quando pode e quando não pode);
* Filme e edredom;
*Amigas de infância fofocando;
*Poesia pra curar a alma;
*Música pra dar indireta - ou direta-;
*Milk shake de flocos;
*Flores do lado de dentro;
*Memória da pele;
*Abraço bem dado;
*Leitura por prazer;
*Desobedecer...


(...)

Dia do Professor!!!



quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Terra à vista! Ou a prazo? (Considerações de como me tornei educadora)

Ao repensar minha História (sim, com H maiúsculo) tento encontrar algumas respostas que, talvez, me induzam à percepção de como me tornei uma educadora. Como toda “boa” História, a minha também deve ser entendida dentro de um contexto de grandes navegações: as minhas navegações.
Aventurada a descobrir o que o futuro profissional me aguardava, tinha objetivos definidos e extremamente claros de que o jornalismo seria a carreira desejada: não pensava em bancadas estáticas e formatos prontos de telejornais, pensava na correspondência internacional, navegar em terras desconhecidas era o foco certo.
Entretanto, essa tão objetivada terra que estava às minhas vistas estava também inserida em um sistema educacional que excluía alguns e elegia outros. Por não ter médias alcançadas em uma escola privada, interrompi minha navegação. Desci na terra mais próxima.
Sim, esta terra estava habitada. Não por mim... A terra já tinha seus ranços e eu ainda nem tinha os meus. Magistério foi o curso que me restou. Invasão à vista: Não, eu não invadi terras alheias, as terras alheias me escolheram. Mas, tinha a utopia de que muitos ventos iriam soprar e direcionar a minha caravela à minha Índia: o jornalismo que me aguardasse.
Mero engano. O sistema - nada democrático - educacional barrou a minha entrada em uma universidade que tinha o curso tão desejado. Eu precisava de uma moeda. O escambo não era permitido: Ora, eu poderia dar o meu empenho, a minha vontade, a minha determinação e eles me dariam o ingresso no curso. “– Não, senhora, precisamos de moedas –.” Minha terra, minha Índia, era à vista. Não a prazo.
Exclusão. Precisaria de uma universidade pública e gratuita que concordasse no escambo que eu poderia fazer. Mas, esta universidade não me proporcionava o alvará para que eu pudesse rodar o mundo em busca de informação. Esta universidade não me proporcionava a minha Índia. E um curso de Licenciatura foi uma terra avistada.
Paralelo, já havia me inserido no mercado de trabalho como professora. Sim, no sentido mais literal do termo mer-ca-do e no menos político da palavra tra- ba-lho. Era professora. Sem um ponto de exclamação no final. Onde estava a correspondente internacional? Era uma quimera. Nascia a professora municipal.
Revendo as minhas navegações, tento avaliar se me colonizei ou me colonizaram. Se invadi ou fui invadida. Tento avaliar o porquê o sistema vigente impõe tantas rotas aos navegantes. Quebra tantos lemes. Usa tantas âncoras. São muitas as indagações que ainda fazem parte das minhas navegações.
Sim, ainda navego muito Sou a capitã da minha caravela e ainda estou em busca de especiarias. Navego em mares desconhecidos, com dragões furiosos e péssimas condições de tempo e clima. Me tornei educadora por imposição, mas EDUCADORA (com todas as letras maiúsculas) por opção, determinação, coragem e ação.

sábado, 1 de outubro de 2011

Meu sol

Hoje, um dia chuvoso, foi alvo de críticas em redes sociais. Comentei que se o sol não estava lá fora, era pra que a gente o procurasse dentro das bolsas, dos bolsos, pelo corpo... E falei sério.
Deixa o sol aparecer e sorrir brilhoso. Deixa que ele faça cócegas na tua barriga. Deixa que ele te abrace aconchegante. Meu sol existe, independente, das nuvens. Meu sol existe e não é amarelo. Ele é castanho e anuncia tempestades tropicais. Meu sol tem cheiro de terra molhada e cheiro de mar quando sorri.
Procura o teu sol. Ele está aí, sim. Dentro da bolsa, do bolso. Dentro de ti. Te envolvendo.