Uma das frases que ouvimos muito, em tom de conselho, é Acorda pra Vida. Uma frase simples e carregada das melhores intenções para que vivamos de uma maneira mais viva, com a redundância a todo vapor. Um convite à vida no sentido mais esfuziante possível. Não há como dizermos não a um conselho destes...
Mas, muitas vezes, existem pessoas que acordam tanto para a vida que esquecem de acordar para dentro. Esquecem que não precisam estar o tempo inteiro numa aventura alucinante de adrenalina intensiva, basta apenas acordarem para dentro e verem o que realmente necessitam para que a vida seja, digamos, mais cheia de sentido.
Dá um certo medo em olharmos realmente para as nossas dores e delícias sem termos que estar com um sorriso no rosto e esbanjando simpatia (Salve Jorge!). Um receio em concluirmos que o que basta para estarmos em paz com o nosso eu é pouca coisa, é simples, é inodoro e não precisa estar estampado na nossa prepotente autossuficiência.
Acordar pra dentro é necessário. É eficaz. É de graça. Não aceita cartões. É apenas um diálogo do eu com o eu mesmo.
Definir como difícil, talvez, seja a escolha mais coerente... Deve ser por isso que muitas pessoas, inclusive Lispector, preferem uma verdade inventada a não terem que cortar defeitos que seguram o edifício inteiro.
Mas, muitas vezes, existem pessoas que acordam tanto para a vida que esquecem de acordar para dentro. Esquecem que não precisam estar o tempo inteiro numa aventura alucinante de adrenalina intensiva, basta apenas acordarem para dentro e verem o que realmente necessitam para que a vida seja, digamos, mais cheia de sentido.
Dá um certo medo em olharmos realmente para as nossas dores e delícias sem termos que estar com um sorriso no rosto e esbanjando simpatia (Salve Jorge!). Um receio em concluirmos que o que basta para estarmos em paz com o nosso eu é pouca coisa, é simples, é inodoro e não precisa estar estampado na nossa prepotente autossuficiência.
Acordar pra dentro é necessário. É eficaz. É de graça. Não aceita cartões. É apenas um diálogo do eu com o eu mesmo.
Definir como difícil, talvez, seja a escolha mais coerente... Deve ser por isso que muitas pessoas, inclusive Lispector, preferem uma verdade inventada a não terem que cortar defeitos que seguram o edifício inteiro.