sexta-feira, 31 de julho de 2009

Viajando com as Divas abandonadas


Sexta-feira viajando. Eu, como uma péssima companheira de viagem, durmo ou leio ou penso na vida enquanto olho as vaquinhas dos pampas. Nesta viagem não foi diferente: dormi, pensei (e muito) na vida e li. Li Doidas e Santas da Martha Medeiros. Excelente.
Uma crônica em especial me fez tirar o cinto de segurança para que eu pudesse liberar os íons que estavam borbulhando em meus póros: Divas Abandonadas. Dona Martha escreveu brilhantemente sobre o livro, de mesmo nome, da jornalista Teté Ribeiro,acerca de algumas mulheres ícones, tais como Princesa Daiana,Tina Turner e Marilyn Monroe entre outras que não têm\tiveram sucesso no amor.
A questão é a seguinte: o que é insucesso no amor? O que é uma vida amorosa estável? Cabe a nós classificarmos a vida amorosa das pessoas em boas ou ruins? Ótimas ou péssimas? Estimulantes ou pacatas? Tsc. Tsc. Tsc.
Não faço parte da turma que acredita que seguir a premissa "casamento + filhos + bodas de ouro é igual a uma vida feliz". Não acredito mesmo. Não acredito que exista uma almanaque do Amor Perfeito do meu Peito e mais ainda: acredito que a minha definição de vida amorosa falida possa ser a definição para alguém de sucesso entre quatro paredes. Cada um com o seu quadrado.
Então, se a Xuxa gosta de viver na corda bomba com o Szafir. Se a Suzana Vieira coleciona garotões. Se a Angelina Jolie teve casos homossexuais num período pré-Brad Pitt e se a Claudia Raia ama a sua rotina o problema definitivamente é delas. Se estão saltitantes assim, eu as declaro humanas.
Está fadado ao insucesso no amor quem não se permite amar e não quem ama errando, fantasiando e exagerando. Sei que não estou na vitrine e nem pertenço ao grupo das divas, mas a quem possa interessar não sou a protagonista da Cartilha do Amor Eterno, Sublime e Sensato, mas que me permito viver no meu próprio sucesso amoroso, isso eu me permito bem permitido, com todas as permissões plausíveis e inventadas possíveis e impossíveis.

2 comentários:

  1. O mais importante nesta vida é SER FELIZ!!!!!!!!!

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  2. Talvez o amor seja mesmo uma invenção do casamento sem dote. Talvez seja uma invenção poética para descrever a necessidade visceral do outro. Talvez seja uma invenção para se fazer sexo sem a culpa causada pelo pecado original. Enfim, talvez seja uma invenção para não ficarmos sós. Entre ser homem ou mulher nestas composições o que talvez tenha sentido seja o autoconhecimento. Os encontros e desencontros serão providências do destino. O que estará sempre presente somos nós mesmas. O que me vale hoje, na maturidade, é a beleza da solidão como liberdade. E as divas, ah, as divas são outras invenções.

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