domingo, 26 de julho de 2009

Acorda Trabalhador!!!


Que delícia o frio... Toca, manta peluda, casaco xadrez que alonga o corpinho, botas sensuais. Me lembra quando morei na gélida Europa... (isso foi pura Literatura!) Uau! Que maravilha! Maravilha em fotos do orkut, né, cara pálida?! Mãos que não esquentam, dedos duros digitando, músculos enrijecidos, ombros encolhidos numa tentativa de um auto-abraço-aquecido... Ahhhhhhhhhhhhh! É demais para a minha pessoa!
Mas o pior, o pior mesmo, o auge do desespero nesse frio todo é a hora de tomar banho. Deus misericordioso, por que não nascemos em uma novela global em que os banhos só se fazem necessário para a ambientização de uma cena caliente em meio a uma banheira cheia de espuma ou até mesmo embaixo daquela ducha que manda ver milhões de litros de água por segundos que chegam a deixar marcas corporais? Por que não nascemos com um chip climatizador no braço em que água nenhuma alterasse a nossa temperatura quentinha??? Heim? Heim? Heim?
E foi por causa do banho que vim parar aqui. Mais especificamente do meu banho. Ai, o meu banho... Ultimamente ele não merece nem um terço do que já escrevi até aqui. Vou tentar descrever um pouquinho da minha agonia. Vocês conhecem o Acorda Trabalhador??? Sim, ele mesmo: aquele pingo mais frio e com mais volume de água que os demais que insiste em cair bem no meio da nossa delicada moleirinha.... Se for o caso de um banho sem "cabelo", é pneumonia na certa! Ele cai no meio das costas... é o retrato do desespero na moldura da desgraça.Ele habita o meu chuveiro. Estou em férias e o acorda trabalhador insiste em me deixar bem enérgica com aquela água gelada na mente.
Já evoquei tudo o que foi santo. O Nosso Senhor do Banho Quentinho, a Nossa Senhora do Chuveiro a Gás, a Santa Água Pelando do Nordeste, a Santa H20... Já fiz promessa pra She-ra, pro He-mam e até pro Salsicha do Scooby-Doo e nada... O acorda trabalhador não me solta.
Não sei mais o que faço. Só me resta rezar para a Nossa Senhora da Primavera chegar bem rapidinho... Mas enquanto isso não ocorre, me deem um desconto se virem em algum jornal local a manchete: Professora fedorenta vaga pela cidade. É que enlouqueci e não tive mais contato com meu encosto chamado Acorda Trabalhador!

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