segunda-feira, 30 de março de 2009

A RITA


A Rita levou meu sorriso

No sorriso dela, meu assunto

Levou junto com ela o que meu é de direito

Arrancou-me do peito e tem mais:

Levou seu retrato, seu trapo,Seu prato, que papel!

Uma imagem de são francisco

E um bom disco de Noel

A Rita matou nosso amor de vingança

Nem herança deixou

Não levou um tostão porque não tinha não

Mas causou perdas e danos

Levou os meus planos, meus pobres enganos

Os meus vinte anos, o meu coração

E além de tudo me deixou mudo o violão

A Rita...


Engraçado como o tempo não vem sozinho. Ele, claro, faz suas demarcações corporais que são as mais visadas e comentadas, mas com ele, ah com ele... com ele vem o nosso eu.

Lembro que cada vez que eu escutava essa música, pensava:Putz (na época não era putz!!!), podiam ter feito uma música com o meu nome que fosse mais a minha cara, tipo assim... um axé! Ou até mesmo algo do Hit "Oh Ana Júliaaaaa, Oh Ana Júliaaaaa...". Mas não. Com o meu nome não me restava um jingle do momento que era cantado por todos, não... Me restava uma melodia calmíssima de Chico Buarque. Ai, eu queria algo que todo mundo cantasse junto: Oh, Ritaaaaaaa.... Oh Ritaaaaaaa!!!

Mas hoje, hoje... preciso dessa música tal qual ela é. Com todos seus acordes, suas notas, suas prosódias, seu ritmo...Ela me completa, me alimenta, me demonstra. Deixa meu ego explodindo de orgulho por teu meu nome na metáfora dessa mulher decidida que o Chico mostrou ali. Se a Rita existiu? Não sei.... se ela existiu eu não sei, mas que ela existe e pode deixar mudo um violão... ah, isso ela pode!

E se alguém ver a Ana Júlia por aí, pode dizer que a Rita mandou um beijo!

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