Superlativos
Superlativizar é preciso.
domingo, 16 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
Do departamento dos pequenos prazeres
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Terra à vista! Ou a prazo? (Considerações de como me tornei educadora)
sábado, 1 de outubro de 2011
Meu sol
Deixa o sol aparecer e sorrir brilhoso. Deixa que ele faça cócegas na tua barriga. Deixa que ele te abrace aconchegante. Meu sol existe, independente, das nuvens. Meu sol existe e não é amarelo. Ele é castanho e anuncia tempestades tropicais. Meu sol tem cheiro de terra molhada e cheiro de mar quando sorri.
Procura o teu sol. Ele está aí, sim. Dentro da bolsa, do bolso. Dentro de ti. Te envolvendo.
sábado, 18 de junho de 2011
Compacto.
* Não quero me algemar em três ou quatro verdades.
* Meu baú imaginário está transbordando de inspiração... só que essa senhora prefere não ser aprisionada em palavras...
* Gosto da complexa simplicidade com que me acolhes.
*Ando por aí seduzida pela minha melhor inspiração.
* Ao piscar, meus olhos batem palmas para os teus.
* Pobre dos meus olhos que sofrem bullying toda vez que cruzam com os teus.
* Cala essa tua mudez e te envolve com a minha nudez.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Não volte pro mundo em que você não existe
" Não volte pro mundo em que você não existe, não volte mais..."
Ao dançar com as palavras de Léo Fressato fiquei um tanto pensativa quanto aos nossos mundos. Sobre os mundos em que julgamos fazer parte. Sobre os mundos que criamos. Sobre os mundos que não nos pertencem. Os mundos que só existem no imaginário inventado de nossas vontades.
Dançamos cintilantes nos jardins da primavera com a ideia de que somos flores daquele cenário quando o outono nos puxa desse mundo florido e passamos de embriagados sutis para alcoólicos desmedidos quando levitamos em outro mundo. Nadamos em mares desconhecidos sem temer o cabo das tormentas que mora ali, ao lado de quem não se chama Raimundo...Ao lado de quem não sabe flutuar nas nuvens, mas que nos revela o segredo de que elas não são de algodão.
Tentei impedir que essa música me remetesse à introspecção de Clarice e a tristeza reveladora de Caio, mas não consegui... Quero, então, dançar com eles e num longo suspiro admitir que quando os braços de dois mundos se abraçam o vôo é rasante, apenas sol com baixo em sol...
segunda-feira, 28 de março de 2011
Forever Young!
Fernanda Young comentou que terminou o segundo grau com 23 anos e já era escritora.
Tenho a explicação: Já era escritora porque sua arte efervescia para si. Era escritora porque a escrita é egoísta, arde, pula, move. Não necessita de teóricos e bibliografias, necessita da dor gritante ou de um bel prazer estonteante. Necessita de um desejo personalista que não permite amarras. Um cheiro acende e um toque é o suficiente para que as ideias borbulhem.
Escrever basta. Basta para que tiremos as roupas do sujeito agradável e possamos arrebentar as algemas da mediocridade linear a qual vivemos.
A conversa excêntrica entre as duas me fez acreditar no egoísmo. No egoísmo necessário que nos socorre da domesticação de nossas vontades e nos encoraja a deixarmos de ser tristes exemplares altruístas.
Mais uma hora de conversa entre elas e eu conseguiria resgatar a fome do meu primeiro grito... e sair da "zona franca da existência".
domingo, 20 de março de 2011
Superlativizar não é preciso
sábado, 19 de março de 2011
Meu nome não é Linda
Estávamos, eu e três colegas de trabalho, conversando sobre o filme Meu nome não é Jhonny, comentávamos cenas, imitávamos atuações, metíamos o bedelho na vida de João Estrela e eis que de repente surge a fatídica história de quando o Jhonny (heim?) me juntou estatelada do chão em uma festa da minha adolescência... E daí emergiram comentários do tipo: a gente era feliz e não sabia!
De repente, não mais que de repente, uma colega disse:
"Não é que tu não seja... mas me disseram que tu era linda..."
Muitas risadas surgiram, eu fiquei me achando, além de querer saber a fonte, afinal eu precisava saber quem disse que eu ERA linda...
O papo findou e fiquei me sentindo uma meretriz em fim de carreira, algo como a Bruna surfistinha aos 85 anos revendo as suas fotos e relebrando do seu rosto sem rugas e suas curvas intactas...
Recebi um elogio no pretérito perfeito do indicativo, nada sobrava para os dias atuais sobre a minha lindura.
Sei que cada época das nossas vidas tem suas dores e delícias, mas na adolescência as delícias são maiores, pois temos o vigor, as vontades, as ousadias mais gritantes. A beleza não está só no cabelo esvoaçante e nos olhos livres das olheiras, a beleza está na atitude, na fome do grito, na imposição do estar ali. Beleza e atitude são o par perfeito quando o assunto é impressão.
Não digo que eu não era linda (momento certeza absoluta!), mas digo que a ousadia que me acompanhava e a vontade de querer marcar um território me faziam marcante.
E pra quem está achando que vivo revendo fotografias e comentando com os amigos sobre os tempos sublimes, aviso que bato um bolão. Com toda a certeza, meu melhor momento é o agora, com minhas interessantes falhas, minhas inúmeras rachaduras, meus desalinhos e minha linda e arrogante autossuficiência!
sábado, 12 de março de 2011
A falta de argumentos sobre o escorpião
Não sei o que pensar sobre o filme, não consigo dizer se atendeu às expectativas ou não. Mas ele deixa evidente que não pretende julgar a vida das garotas de programas, não há cenas em que o preconceito prevaleça. O filme tenta mostrar apenas que a ascenção e a queda são dois lados da mesma moeda.
Então, após a audiência do filme, fui para a internet. Queria saber mais sobre o possível salvador de Bruna Surfistinha (Sim, há um príncipe encantado que salva a garota dos programas e ele não vem num cavalo branco, vem num Honda Civic) e me deparei com a história completa da esposa humilhada e comecei a sentir pena da coitada e raiva da tal da Bruna. O que é muito justo.
Só que em meio ao "doce veneno do escorpião" e "o que veio depois do escorpião", fiquei decepcionada com os argumentos da ex-esposa. Em uma entrevista à Revista Quem ela acusa Bruna de gorda, feia, mal arrumada e dá conselhos de moda à ela. Diz que não entende o porquê do marido se apaixonar por ela, pois afinal ele prefere as morenas e nunca se interessou por loiras e afirma que o ex não era tarado para procurar prostitutas.
Sabem o que Bruna disse? NADA. A maior resposta está do lado dela agora.
Não estou querendo fazer alusão ao que é certo ou errado, nem defender a "Bruna destruidora de lares" o que quero deixar é uma pergunta que revela a minha desnecessária opinião sobre tudo isso:
Entenderam o porquê da troca?
Lamentável
Palavra de uma assonância incrível.
Lamentável!
Utilizei esta palavra em um determinado contexto e fiquei encantada com o espaço que ela ocupou ali.
Quando citada com a separação silábica correta, ela encanta ainda mais.
La-men-tá-vel!
E se for cada sílaba seguida de reticências, então, fica perfeito o resultado:
La...men...tá...vel...
Fica algo mais superior ainda, mais cheio de razão.
É lamentável mesmo. Lamento muito que a nossa sociedade esteja se tornando linear. Todos são anti-capitalistas, todos odeiam Big Brother, todos idealizam Che Guevara, não assistem a produções cinematográficas estadunidenses e todos cometem os mesmos erros. Erros banais, erros boçais, erros tão iguais.
A busca pelas ideias originais e únicas acaba recaindo sobre as teorias velhas cuja prática não anda de mãos dadas com as ideias "tão modernas". Pisotear a bandeira dos EUA com um par de All Star e uma lata de Coca-Cola na mão virou rotina. Mas das bocas saem discursos encantadores de lacrimejar Mandela. Sempre com o mesmo objetivo: ser diferente.
O diferente, lamentavelmente, está se tornando igual. Senso comum. Figurinha repetida. Está a cada esquina.
Confuso este post? Não, não era pra ser.
O que pretendo aqui é mostrar a minha indignação sobre o quanto a unanimidade é burra. O quanto ser diferente é careta quando se segue a massa, sem pensar em ações concretas.
"Você, que tem ideias tão modernas, é o mesmo homem que vivia nas cavernas."
LA- MEN-TÁ- VEL!
quarta-feira, 9 de março de 2011
"Personal Friend"
Pagamos por sensatez. Pagamos por conselhos justos, felizes, perfeitos e dotados de sabedorias freudianas.
Nada de gorduras trans e teor alcoólico. Tudo é presumido.O convênio cobre tudo.
Contamos nossas neuras, nossos limites e queremos possibilidades de estranhos. Ok, nada mais coerente do que alguém neutro se meter em nossas vidas para nos dar uma luz? Não é mesmo? Não, claro que não.
Quero alguém que me conheça e que saiba que tudo o que me disser vai ser usado contra si no tribunal. Não quero minhas idiossincrasias escritas numa ficha de um desconhecido para que depois ele me transforme num diploma na parede. Eu não quero conselho. Eu quero palpite!
Quero o palpite mais errante que possa vir dos meus amigos.
Quero ameaça.
Quero um "eu te avisei".
Quero um "viu?".
Quero diálogo.
Quero que me chamem de louca.
Quero fugir quando o palpite for furado.
Quero mais de 45 minutos.
Quero amigos se metendo na minha vida de graça, sem almejarem títulos.
Quero palavras de um futuro bom... ou mau, como antigamente.
Mas quero. Quero que sejam de quem faça parte do meu mundo, meu vasto mundo.
E não de quem apenas se chama Raimundo...
O desprezo
Fiz amor com o texto de uma maneira delicada e simples. As palavras entravam e os olhos refletiam "é isso mesmo". Quisera ter alguém do meu lado pra que eu pudesse torná-lo mais real na medida em que eu transformasse em palavras audíveis o que os meus olhos diziam.
Tenho algumas considerações sobre o tal desprezo. Compactuei com Carpinejar algumas posições do nosso fazer amor...
Literalmente, o desprezo, segundo os dicionários, significa desprendimento, desdém, sentimento acima da cobiça. Definições limitadas para quem sente o desprezo.
O desprezo começa por querer. Compramos o desprezo no Supermercado Seja Feliz mais próximo de nossos lares. O desprezo é o mais cotado dos conselhos entre as pessoas que tiveram alguma dor, alguma desilusão, algum vazio.
E o desprezo é isso: vazio. Começa com um querer ser vazio, começa com o objetivo do vácuo e depois permanece ali, mesmo sem intenção,inerte, mas ali. O desprezo que antes era um conselho, agora é inevitável.
Ele se instalou ali. Não paga mais aluguel, não pede mais nada em troca, mas também não parte para outro lugar de repouso.
O desprezo repousa ali intacto, permanente, anti-social. Sem merecer uma despedida, sem merecer palavras dolorosas, sem merecer as fomes dos gritos e as intensidades dos beijos... Simplesmente ele não merece.
O desprezo é o fim. O fim do que um dia foi. É o gemido da morte do que um dia causou furor, emoção, dor. É isso: o desprezo é ausência de e do ser.
Lamentável sentimento necessário.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Ou doida ou santa?
Divas se encontram com hippyes. Trabalhadoras braçais brigam com intelectuais de terninho preto e scarpin. Guriazinhas de minissaia insistem em atormentar as maduras e centradas balzaquianas. Crentes criticam a Senhora Monroe de vestido esvoaçante. As feias reclamam das suas desvantagens em relação às beldades. Histéricas querem seu espaço, mas as parasitas dão o seu jeitinho. Sérias cedem lugar às debochadas e recalcadas insistem em sobrevoar a área. Feministas arquitetam planos mirabolantes contra as tchutchucas de plantão e as competentes profissionais letradas armam barracos contra as irresponsáveis dorminhocas. Arrogantes ameaçam as simpáticas e aureolas são arremessadas nos tridentes.
Não consigo me delimitar entre doida ou santa enquanto há uma mulherada absurdamente diferente habitando as minhas concepções. Uma mulherada que clama por mim e eu, particularmente, as desejo profundamente. Com toda a sensatez e a insensatez que cada uma traz.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
O verbo "Carpinejar"
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Gaúcho???
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Prefiro o cheiro forte...
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
O astral, a Bel e o Carpinejar!
Tenho antipatia astral por algumas pessoas. A pessoa, coitada, apenas nasceu pra que passe a abominá-la. Não, a culpa não é da minha inscontância e insensatez, é do astral.
Mas também além de simpatia astral, tenho paixão astral. Quer um exemplo??? A Bel, minha amiga! Por mais que ela diga que também me achasse meio assim como metade do planeta (antipatia astral, viram???) eu sempre fui apaixonada por ela. Não, nada de sequisso. Nossa paixão (porque agora ela me corresponde!!!) é no plano astral, é algo que transcende a concretude. Não, não estou na famosa pedra.
Vou provar: Hoje eu estava lendo Carpinejar. Fabrício Carpinejar. Um escritor gaúcho que tem uma sensibilidade incrível aliada a uma ironia esplendida transformadas em palavras. Bom, peguei uma frase em especial, imprimi e coloquei no meu mural. Ao entrar no orkut, a Bel estava com a mesma frase em seu perfil. Chamei a Bel, via fofocar instântaneo, de canto e reafirmamos o nosso encantamento intelectual-astral.
Carpinejando, então," Liberdade na vida é ter um amor pra se prender" e um umbigo pra meter o dedo*, não é Bel???
P.S: Esse dedo não meu, né Ric?!
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Meio assim???
- Quando eu a conheci, achei que ela era meio assim...
Se eu caí dura???? Quase! Se não fosse a minha educação britânica eu faria um bafão mermão!
Meio assim???? Nem há concretude nesta definição. Então fui às vias de fato e perguntei:
- Como meio assim???
E a resposta foi:
- Assim meio metida, meio superior.
Bom, pausa para um surto.
E a plateia que assistia a tudo continuou:
- Pois é, eu também achava no início.
- Foi só no inicinho...
- Tu não foi receptiva a mim também...
Quem me conhece imagina a caradicu que eu fiquei.
E eu estava quase sendo apedrejada verbalmente. E o pior de tudo: Todaaaaas tinham a mesma impressão a respeito da minha loira e linda pessoa.
Depois de ficar enlouquecida tentando arranjar um advogado de defesa que me absolvesse daquelas calúnias, fiquei pensativa... Eu não sou meio assim... Quer ver?
Sou previsível, estou dentro das estatísticas. Não sou dotada de massa cinzenta a mais e minha altura é a média entre as mulheres. Calço 35, pé dentro da normalidade e meu peso não falo nem por decreto da Dilma (outra super normalidade!). Brinquei de Barbie e sonhava com os New Kids On The Block... Uso gloss, sou loira, mas apimento mais o meu DNA. Sou branca e sonho com um dourado da cor do pecado. Tenho mais bunda do que peito, como toda brasileira, dentes em busca de alinhamento e olheiras de Panda. Uso óculos. Perco celulares. Sou quase sensata. Um pouco perdida. Sorrio fácil, mas pra quem merece. Choro fácil, pra quem merece também. Tenho sonhos e devaneios. Tenho febre e tomo Tylenol. Tenho cólica e tomo Ponstan. Tenho crises e não tomo Fluoxetina. Uso saruel, mochila e quero um Ipad. Uma Eco Sport preta me satisfaz, mas um MotoBoy resolve os meus problemas. Quero um analista, mas ele não tem IPE. Quero entrar em uma Levis 514 guardada desde o século passado, mas falta jeans. Sou fiel a perfumes.Bolsas me seduzem e filmes me encantam.
Não vou iniciar uma conversa com um desconhecido dizendo:"- Muito Prazer eu sou legal!", mas também não quero ser esta personagem que insiste em me rodear.
E se um dia você também me achar meio assim, me traz um quindim que deixarei de ser esta persona non grata fugida do paraíso.