segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Eu sou assim com minha voz desafinada...


Eu acho que um meteoro gigante tem que cair em cima da Terra, mais precisamente em cima do Fantástico. Ah, tem! O motivo??? A busca desesperada por um rapaz latinoamericano sem dinheiro no bolso...
Deixem o homem se refugiar. Deixem o homem ter depressão (cof, cof, são sintomas, né?), deixem o homem viver onde ele bem entende! Puramordideus, deixem o Belchior! Se o homem tá no SPC, SERASA e outra sigla que o denomina como caloteiro (cuma?) o pobrema é dele. Se ele quer virar cantor de chuveiro, o pobrema é dele. Se ele não quer mais pegar na sua mão, parte pra outra, ele não deve ter mais medo de avião...

Nessas horas eu agradeço a minha voz desafinada.

sábado, 29 de agosto de 2009

Recados para o Michael Jackson que quer me assombrar!

Tô apavorida. Muito apavorida. O Michael Jackson quer usar o meu corpo pra se comunicar com seus entes queridos ou pra ganhar dinheiro (mais ainda) com a sua música. Vou explicar.
Não vejo nada do Michael Jackson faz um tempão. Até tinha esquecido dele. Mas hoje acordei com Bléqui ou Uaite na mente. Só sei essa parte, então só essa parte martelava na minha cabeça e a imagem das pessoas mudando de etnia como no clipe tomou conta do meu campo de visão. Até aí tudo bem, não falei nada pra ninguém e nem cantei alto. De repente, meu filho começa a cantar tudoerradoclaro Thriller (essa eu sei escrever!) e dançar com a mão no pinto como o falecido. Até a sonoplastia do Huuuullll (detalhe, meu filho está com febre) ele fazia com a voz mais fininha e tudo. Fiquei assim... meio "ah, que coincidência, eu também tô com o sem nariz na mente" .E não acabou por aí...
Fui mudar a configuração do blog e o texto que ficou de topo para a outra página foi o texto do, pasmem, Michael Jackson!Ahhhhhhhhhhhhhh! Fui pro Google pra saber se tinham exumado o corpo dele como fizeram com o Raul Cadore. E adivinhem, adivinhem, adivinhem o que encontrei?????

Pausa para o mistério....

Hoje é o aniversário do Michael Jackson. Hojeeee, dia do meu aniversário, é o dia do aniversário do Peter Pan de máscara! Fiquei verde limão com bolinhas roxas de tão apavorida.PaiDoCéuMeProtege!
Daí cheguei a conclusão de que o Michael Jackson tá com inveja de mim, pois eu tô viva pra comemorar meus ricos vinte e poucos (cof, cof, cof) aninhos e tá muito a fim de me assombrar.

Mas aqui vão alguns recados pra ele:

Michael, não sou médium, então parte pra outra;
Michael, não sei cantar inglês, o máximo que sai é albideiiiiii, uiardououuuu, uardoutildremmm então seria muito humilhação pra tua carreira utilizar das minhas cordas vocais em português pra propagar a tua música póstuma;
Michael, deixa a minha família em paz, não quero mais o meu filho com a mão no pinto;
Michael, assombra a Luana Piovani que faz aniversário hoje também e ela tem aquele corpo escultural que eu não tenho;


P.S. Se hoje alguém me ver imitando zumbis no meio do meu aniversário, chamem um exorcista que é o Michael Jackson querendo comemorar o seu aniversário no meu corpo e com o meu bolo. Ah, e chamem a televisão também...

E na hora de apagar a vela...

Papai do Céu, pros meus dois ponto nove eu quero virar modelo, atriz, apresentadora de televisão (tipo Saia Justa, ok?), ter um filho com o Bill Gates (por inseminação,nada de sequisso, tô de olho nos trinta por cento) e ser a Musa do Brasileirão do Caldeirão do Huck. Se não der pra conseguir tudo isso, me mande pro BBB 10.
Amém!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ritmooooo, ritmoooo de festaaaaa!


Amanhã é meu aniversário. Eu amo fazer aniversário, fica todo mundo na minha volta, minha mãe relembrando quando eu nasci loira e lisa e acinturada (é verdade, suas invejosas!) e as pessoas contando causos antigos de minha pessoa, tipo, quando eu coloquei as bóias de braços nos pés e me joguei na piscina de um clube e minha mãe me salvou (deve ser por isso que tenho tatuagem no pé pra minha mãe me reconhecer nessas situações abomináveis). Ou quando eu me virei farinha e óleo por cima junto com a minha irmã mais velha, eu disse mais veeeelhaaaa. Bolo à vista? Indícios que de que seria uma rica cozinheira. Ou quando eu fugia de casa, com seis anos, porque não aguentava a opressão em que vivia (heim???), então eu fugia com sacolas do Guanabara pra casa da minha avó (tipo, dois metros depois?). Eu era corajosa, podem dizer!
E quando eu era pequena eu podia falar nome feio no dia do meu anversário. Nome feio mesmo, não é Astroldo, Gebuísio, Gertrude... não, é porra, piroca, cu...essas coisas impublicáveis que eu não deveria ter escrito aqui, só amanhã que eu posso, porque amanhã é o dia do meu aniversário. Olha a censura!
Mas o que eu adoro móóóóóíto mesmo além desses recuerdos e puxações de saco são os presentes. Zulivreguardi. A pessoa vem chegando e eu já olho a sua mãozinha. Se tem pacotinho coloridinho, uma iluminação toma conta do meu ser e eu não aguento de tanta ansiedade até descobrir o que tem ali. Minha mãe me ensinava que tinha que ver o cartão antes, eu via, mas não lia. Não conseguia decifrar letras quando tinha um pacotinho coloridinho na mão da pessoa me esperando. Vá que a pessoa desista de me entregar. Aquele momento do cartão é um momento cruel. A gente tem que assimilar o que tá escrito ali, mas pensando em outra coisa. Que tristeza.
Mas tristeza mesmo é ver a pessoa se aproximar, sorrindo, faceira, empolgada em me dar um abraço e as suas mãos estão vazias! Mimatem! No momento do abraço a pessoa fica dizendo tudibão parabéns juízo que tu seja sempre assim alegre e a angústia vai tomando conta do meu ser, pois eu fico me perguntando onde está o pacotinho coloridinho que envolve a atração mais atrativa dos aniversários.E ele não veio. E ainda vem o dizerzinho mais inconveniente do mundo: teu presente vem depois.
Deu, já eraaaa, nunca mais, espera sentada. É sofrimento na certa.
Então, se aparecerem no meu aniversário, sigam algumas Dicas do Aniversário da Rita Feliz:

Tragam presentes, pode ser assim mesmo no plural!!!
Não tragam cartões, não interpretarei a mensagem!!!
Não esperem a frase: Não precisava!!!
Esperem a frase: Precisava, sim!!!
Esperem ouvir alguns palavrões, pois nesse dia eu poooosso!!!
Esperem ouvir a minha mãe contar as minhas façanhas, incluindo a da bóia nos pés!!!

Não culpem a minha mãe, ela sempre disse pra eu não ser assim, que era feio, mas eu sou a pessoa que mais gosta de ganhar presentes do sistema solar.

P.s. Ah, e aqui vai um recadinho pra Fernanda, minha irmã, e pra Bebel, minha amiga: desculpem fazer vocês sofrerem ao me ver sem o pacotinho colorido... Mas o presente de vocês, vai chegar!!!!

Casa de ferreiro, espeto de pau; Pimenta no **** dos outros é refresco!!!! hahahaha

Vocês não valem nada, mas eu gosto de vocês...



Eu não vejo muita novela mesmooooo, não é crise intelectual. Mas quando ela tá chegando no final eu grudo na televisão e tento adivinhar o desfecho dos personagens. Grudei na Caminho das Índias e fiquei pensando nas mulheres que temos. Maitê Proença, que já interpretou as mulheres de Nelson Rodrigues, ganhou de presente uma "baita" personagem na novela, a Nanda que foi pega com a bocanabotija e ultimamente que não anda com a bocanabotija só consegue chorar e procurar quinhentos mil reais em suas lágrimas. E chora na casa alheia, pois a infeliz nem uns parentes têm que possam dar abrigo as suas lágrimas.Ô desgraça.
Tem a Débora Bloch que tá conseguindo desincorporar a Ana Machadão e a Beth Balanço, meu amor (eu não sou desta época, me contaram!), mas sua Silvia é o que há da vergonha nacional do clube feminino das mulheres retardadas. Tá bem, fisgou o Murilo, mas além de não saber educar sua filha Julinha, vai perder o marido, pois parece a Glória Menezes com aquela boca que a gente não sabe se ri, se chora, se come... Não reage. Hey, Silvia, a Ivone é do mal!
Tem a Cissa Guimarães, que não lembro o nome, que aparece menos do que a empregada abusante dos Cadore. Alguém precisa avisar à Cissa que ela precisa de férias prolongadas da televisão pra cuidar da sua produção independente (Tá bem, confundi). Alguém se habilita?
Tem ainda a Vera Fischer. Meu Deus, o que é a Vera Fischer? Eu sempre sonhei em ser a Verinha... com aquela cor dourada inverno e verão e com aqueles olhos azuis maravilhosos. Mas agora não quero mais. Ah, não quero mesmo.Alguém sabe me responder o que ela faz na novela? Ah...desculpem a minha ignorância, ela é dinda do filho da Duda e do Raj.
E por falar na Duda, Tânia Kalil... eu tenho até medo da fertilidade dela. Não a observo muito, não vejo muito seus atos, pois vá que a fertilidade dela pule da televisão e me contamine??? Zulivreguardi, sossega Duda.
Eu nem queria falar da Maya, mas vou ter que falar, ela é a protagonista, né? Bom, a Maya fez sequisso com o Dalith (tá contaminada) e o Dalith não quis ela. Mas, ela conheceu a Raj que recebeu uma boa quantia pra se grudar nela e assumir o dalithzinho, mas ele não sabe que o seu bebezinho é um dalithzinho e não saiu do seu rico saco escrotal. Tá aí, esta é a vida da Maya. Mayaaaaaaa, para de chorar e te joga logo no poço.
Mas, tem algumas mulheres que dão gosto de ver e poderiam virar as mulheres de Nelson Rodrigues:
A Norminha que deu leitinho pro Abel pra beijar o Indra e agora tá virando o jogo e seu Abelzinho tá babando. Homem tem que sofrer!
A Ivone tá se dando mal, mas tiro o meu chapéu pra sua inteligência, maestria, frieza. Fez o homem se matar (de mentirinha) por causa dela. Abafou.
A Suelem que pegou o Dr. Castanho quando quis e continua dançando na gafieira também quando quer (quero um autógrafo!).
A Shanti que mandou seu pai Opash praquele lugar que não se manda os pais e foi ser atriz em Bolywood (é assim que se escreve?)
A Gabi que é linda, rica, inteligente e nem se apaixona por ninguém. Essa é a mulher do futuro!
A Sheila que sonha em ser a Melissa Cadore e segue a risca a sua cartilha. Tem futuro a Sheilinha...
A Melissa, com toda a sua loucura sensata, deu umas bofetadas na Ivone que foram dignas do prêmio Pancadaria do Ano, valeu a novela toda.

Pra essas mulheres, eu digo sim e reservo um final com sombra e água fresca em uma ilha paradisíaca do Atlântico.

sábado, 22 de agosto de 2009

Me liga sempre!



Queridos leitores ( isso foi irônico!), eu estava tão bem, mas tão bem nesta manhã de sábado. Minha veia escritora tinha pulsado e eu estava com muita vontade de fazer faxina escutando um funk chão chão chão que me instigaria a limpar o chão....
Sim, eu usei o verbo no passado. Eu estava. Não estou mais. O motivo???? Meu celular.
Meu celular é um caso de estudo. Ele tem vida própria. Ele é inconstante. Ele só realiza suas funções básicas, eu disse BÁ-SI-CAS (alô, tudo bem?), quando bem entende e apenas, no canto direito do meu quarto. Canto esquerdo? Sala? Banheiro? Centro da cozinha? Nada feito. É só no canto direito perto da janela, à esquerda do not.
O que eu fiz, minha gente??? Fiz a Pole dance na cruz??? Fiz tererê no cabelo sedoso de Cristo? Toquei num Dalith??? Ahhhhhhhhhhh!
Mas tentei resolver o problema BÁ-SI-CO do meu celular, com toda a inteligência e sensatez que me cabe. Liguei para a operadora.

Voz de telemarketing...
- ALô? Com quem eu falo?
Voz de pessoa normal...
- Com a Rita.
Voz de telemarketing...
- Em que posso ajudar,senhora Rita?
Voz de pessoa normal...
- O meu celular está com problemas. Não recebo as chamadas, apenas as mensagens de que as pessoas tentaram me ligar.
Voz de telemarketing...
- Ok, senhora Rita, qual o número do seu celular com o DDD para que possamos averiguar?
Voz de pessoa normal...
- O número é tal.
Voz de telemarketing...
- Um momento senhora Rita.
Voz de pessoa normal...
- Sim

E então, colocaram uma musiquinha super empolgante para que eu pudesse ficar descontraída, faceirinha, serelepe... A musiquinha durou cerca de 34 minutos. E o que era um momento, senhora Rita, se transformou em inúmeros momentos seguidos de crises da senhora Rita.

Voz de pesssoa anormal, descontrolada, desiquilibrada...
-Tem alguém aí?
Musiquinha tocando, tocando, tocando, tocando.
Voz de pessoa agressiva, louca e raivosa...
- Tem alguém aíííííí? Não aguento mais esssa música, vou te matar se tu não voltar, sua surda, doida varrida!

Nunca mais obtive resposta. Desliguei o telefone com toda a loucura que tomou conta da minha pessoa.
Tentei ligar para alguma ONG ajudadeira de operadoras de telemarketing pra saber se a moça mal educada que estava falando comigo foi abduzida por algum celular gigantesco vindo da galáxia dos celulares inteligentes e espertos.

E não consegui a ligação, pois percebi que o celular não estava no canto direito do meu quarto, perto da janela, à esquerda do not.

As oito coisas que eu não...


É sempre fácil falar das nossas vontades, opiniões, anseios. Eu sou isso, sou aquilo, quero isso e penso aquilo. O complicado é pensar o que a gente não é, não quer, não sabe, não deseja...
Vou tentar praticar este exercício da negatividade...

Eu não quero MORRER.
Não quero e ponto final. Sei que a vida tem seu ciclo e que isso é a certeza mais certa de todas as certezas, mas eu não quero. Vá que inventam a fórmula antimorte e ninguém mais morra??? Estou na fila desde já.

Eu não sou MAGRA.
Dispensa comentários. Por favor, alguém chama uma ambulância que enfiei a tesoura da Nazaré no meu pulso direito.

Eu não sou DISCIPLINADA.
Não sou mesmo. Não tenho a disciplina de sempre no mesmo horário de quarta-feira de sol fazer uma corrida a beira do Guaiba (heim???) ou aos domingos ir à feira porque o tomate é mais vermelhinho e o pimentão mais baratinho. Acho que minha falta de disciplina se deve ao fato do meu ódio à rotina.

Eu não sou FEIA.
Tá bem, eu falei que não sou magra. Se uma pessoa não é magra, partindo da série Antônimos da Vida Real, logo ela é gorda. Ahhhhh, odiei me auto-chamar de gorda (ambulânciaaaaa, meu outro pulso está sangrando!). Mas essa gordura desgraçada e inconveniente não significa que eu seja feia. Sou tão bonitinhaaaaa, olha a minha foto ali em cima!

Eu não sei FAZER POESIA.
Bom, seria plágio eu concluir esta frase com "mas que se foda, eu não sei fazer poesia e eu não uso sapato..." E além de plágio, seria mentira, pois uso sapato, sim. Mas voltando à poesia.... Não sei fazer. Sei rimar, mas poesia, poesia de doer a alma e deixar interrogações na cabeça que nem o Quintana, o Drumond e o Pessoa faziam, não chego nem perto. Batatinha quando nasce joga no meu time.

Eu não sei NADA DE ECONOMIA.
Seja ela qual for.Pausa para a vergonha nacional. Odeio quando a Ana Amélia Lemos começa a falar e eu não entendo nada. Sem mais comentários.

Eu não sou UMA JOGADORA DE FUTEBOL.
Mas isso não quer dizer que eu não fique esperando a bola lááááá na área pra fazer gol. Meu ícone de jogador é o Dunga, minha tática é a do Romário, minha camiseta é a do Tevez, mas meu futebol é o do Gabiru, um gol e deu. Alguém lembra aqui do Gabiru???

Eu não sou PIANISTA.
Uóti??? Isso mesmo, pianista. E fico feliz por não ser uma pianista, pois um piano não caberia em meu apartamento e eu seria uma pianista frustrada.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Do dia em que o Selton Mello me juntou

Sabe, quando eu era assim meio mais nova (só meio porque nova eu sou) eu participei das Cocadas. Não, eu não andava no caminhão de Santo Antônio da Patrulha gritando : cocada preta, cocada branca, cocada mista... Nada disso. Eu desfilei no meio de um clube, a SAC, com a Lili, uma amiga (eram duplinhas!) de mãos dadas com o Selton Mello. É esse aí da Globo mesmo.
Pois é, era pra ser uma noite mega fashion pois toda a sociedade riograndina estaria lá me vendo com o vestido da minha irmã e o sapato também. Recuerdos dos 15 anos dela. E mais ainda, com o Selton Mello.
Menina, ele fazia aquela novela que no final ele virou anjo, não era o que minha mãe sonhava pra mim com aqueles cabelos meio escabelados, mas eu sonhava em ser a Grampola. Quem tem a minha idade, sabe que a Grampola era a ruivinha namorada dele na novela, que por sinal nunca mais deu as caras na TV. Onde está a Grampola, pessoal???
Mas voltando,eu tava me sentindo a bolacha mais recheada do pacote. Só que tudo nessa vida tem sempre um de repente... Eu e a Lili atravessamos a SAC, sorrindo para as câmeras, bem bonitinhas, loirinhas, lisinhas, magrinhas... Umas cocadas mesmo! Volta, Rita... Eu e a Lili atravessamos a SAC em busca do nosso diploma. Pasmem, as cocadas ganhavam diplomas! E o Selton (o Seltinho aquele...) nos levava de volta pelo mesmo trajeto, quando de repente... eu disse de repente... meu sapato que era maior que o meu pé resolveu querer aparecer pro Seltinho e PUFT, CRAZ, TOIN, PLAFT, caí. Juro, me estatelei no chão com toda a minha simpatia em pessoa, me amontoei nos pés do Selton Mello.

Pausa para eu dar gargalhadas (hoje, pois na época eu passei dias querendo morrer).

E o Selton me juntou. Sabe, me juntou assim como quem pega uma cocada no colo... Alguém aqui já pegou uma cocada no colo???
Selton: Garota, cê tá bem?
Rita: ..... cara de paisagem.....
Selton: Garota, tá tudo bem?
Rita: .... Cara de paisagem ainda.... Tô
Selton: Então, cê solta do meu pescoço porque tem mais rapadurinha esperando...
Rita: É cocada...


Quinze anos depois....

Faustão: Selton, qual foi o pior mico que você já pagou?
Selton: Sabe, Faustão, em início de carreira o cara faz de tudo... Eu fui pro RS desfilar com umas rapadurinhas, pés-de-moleque, puxa-puxa...
Faustão: Oh, louco meu, era festa junina?
Selton: Quase isso. E daí uma loirinha de vestido que parecia um abajur caiu e eu juntei ela do chão.
Faustão: Meuuuu, você, um dos monstros do cinema brasileiro juntando loirinha caipira do chão. Baita mico, meu!
Selton: Pois é, Faustão, é a vida.


É claro que esse diálogo com o Faustão eu não vi, mas se um dia minha previsão se concretizar, o Selton Mello vai ser mais um figurante da Turma do Didi juntinho com a Fátima Bernardes.

domingo, 16 de agosto de 2009

Dunga & Eu


Vi Marley e eu. Derrubei sete milhões de litros de água que saem dos olhos, aquelas chamadas lágrimas. Não pelas interpretações fascinantes. Mas pela história que se assemelha às nossas. Nada de ET's dominando o mundo e nem de amores engraçados a la Sandra Bullock... Nada disso. É a vida real. Casa, trabalho, casal, filhos, cachorro.
Lembrei do Dunga. Meu poodle loiro e liso ( mas neste momento, careca!). Não ia ficar nada elegante um best seller Dunga & Eu...(Plágio???) Mas as façanhas do Dunga são dignas de registros.
Ele rouba roupas, adora as íntimas. Ele come sapatos,sem preconceitos, vai dos tênis ao Scarpin. Ele tira a coleira sozinho e foge enlouquecido atrás dessas cadelas sem classes,devoradoras de cachorros da mamãe. Ele entra no carro dos vizinhos sem ser convidado. Ele rouba comida, adora Waffer de chocolate com avelã; tomate, nem pensar.
Ele me espera no banheiro enquanto eu tomo banho. Me espera embaixo do computador enquanto escrevo coisas sérias ou coisas nada sérias.Me espera na janela enquanto não chego. Ele faz sequisso com as pernas das minhas amigas.Ele come pernas de dinossauros do Pedro. Ele come rodas de carrinhos do Pedro. Ele come tudo o que ele vê no quarto do Pedro. Começou uma vez pela porta...Briga com a vassoura e odeia o aspirador.Toma água do vaso e lambe as paredes do banheiro após um banho. Cava buracos pra tentar achar petróleo e me deixar milionária, ele pensa na mamãe... Tem amigos marginais, tem amigas "da vida". Fica do meu lado quando tô doente. Faz uma festa imensa quando eu chego. Me acolhe. Me mostra as coisas que roubou durante o dia. Me acompanha pela casa. Me lambe, abana o rabo e me dá a patinha (heim???). Tá bem, ele não sabe o que é uma patinha...
Ele não dá a patinha quando eu peço, mas sabe me dar quando eu preciso.
Marley e eu me fez acreditar que todos os Marleys que nos fazem festam, lambem e nem sempre dão a patinha deveriam virar best seller pela alegria de viver que têm e pelo bem que nos fazem, sejam eles Dungas, Rex, Tobys ou aqueles que não tiveram a oportunidade de ganhar um nome.

Do meu momento Ouro de Tolo


Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...



Sei, sei, sei que devia estar faceira, faceira por tudo isso aí, mas... eu queria tanto ganhar o Kikito de Cristal que o Ruy Guerra ganhou.


Isso é:

(a) inveja normal da adolescência (heim???)
(b) TPM
(c) Coisa de mulher
(d) Coisa de mulher sensível por ter que dobrar roupas que o Ruy Guerra não dobra
(e) Coisa de mulher perto dos 30 ( cuma???)
(f) Coisa de mulher que trabalha de bico fino esmagando os dedos
(g) Nenhuma das altermativas

Toca outra, Raul, antes que meinternem!

domingo, 9 de agosto de 2009

Do deslizamento de parede


Eu sei que hoje é dia dos pais. Eu sei que é 8 e meia da matina. Eu sei que tá frio e o melhor a fazer é estar enrolada em edredons. Mas, não consigo parar de pensar nas paredes da minha sala.
Mitruicida, eu sou uma pessoa ocupada que cultuo bons hábitos e leio bons livros (pausa para o ego baixar), mas eu tô acordada pensando nas paredes da minha sala. Dá licença, eu ter um momento parede?
Deixa eu começar do início. Minha sala tem quatro paredes. (Cada parede tem um gato, cada gato tem quatro patas...) Esquece esse momento delírio da quarta série e volta. Bom, quatro paredes, uma parede é ocupada pela janela. Então, tenho três paredes para o meu deleite. Acontece que me dei de presente um quadro novo inspirado em Romero Brito (lindo, lindo, lindo). E este quadro tinha a finalidade de tapar uns deslizamentos de parede que foram ocasionados por umas humildes marteladas de minha autoria. Entretanto, o meu quadro lindo, lindo, lindo não conseguiu tapar o pequeno deslizamento de parede.

Pausa para um pré-choro.

Então, o que fiz? Tirei a mandala da parede do puff. Botei o quadro lindonérrimo na parede do puff. Botei a mandala na parede Caminho das Indias no lugar do espelho de sol e o espelho de sol colei com fita do lado dos outros espelhos que completam a parede Caminho das Indias. Fiz um mexe-mexe e a parede do deslizamento continua deslizada. E o espelho do sol vai despencar qualquer dia desses me dando um enorme susto de madrugada, pois minhas colagens com fitas só despencam pela madrugada para acordar a casa toda.

Pausa para um choro descontrolado.

Eu tenho a solução. Tenho três cubos de livros que pretendo colocar na parede com deslizamentos para tapar aquelas pequenas imperfeições causadas pelo toc toc descompassado de um martelo. Nessa parede, eu tenho dois quadros que, PASMEM, não cobrem o deslizamento. Meu Deus, minha casa vai cair. Mas tem um porém: quem vai furar as paredes para os cubos de livros??? Fitas não resolvem o meu pobrema.

Pausa para cortar os pulsos com uma bolacha Maria.

Tenho tido sonhos com isso.
Sonho A: Pego, euzinha Perez Germano, uma furadeira e faço os furos necessários com maestria, rapidez, ritmo e equilíbrio. Acorda, cara pálida.
Sonho B: Chamo o seu Paulo, meu vizinho resolvedor de todos os perrengues do prédio, e o Dunga, meu cachorro acaba com a vida dele antes dele resolver o pobrema do deslizamento.Pois é, o Dunga não gosta do Seu Paulo.
Sonho C: Acordo o senhor meu marido e digo: É agora. Ou fura as paredes ou as camisetas do São Paulo morrem carbonizadas.Anda que o tempo tá passando.
(Neste momento estarei com uma tocha apontada para todas as camisetas)

Acho que escolho o sonho C. Dá licença, então, que acordarei um pai no dia dos pais com uma proposta irrecusável.

sábado, 8 de agosto de 2009

Ramirinho, Ramirinho


Eu não queria ser o Papa Bento XVI e sua santidade.
Eu não queria ser Madonna e sua vivacidade.
Eu não queria ser a Angelina Jolie e sua beleza estonteante e seu marido alucinante.
Eu não queria ser o Nelson Rodrigues e seus escritos singulares.
Eu não queria ser o Ton Hanks e suas interpretações fantásticas.
Eu não queria ser Pierre Bourdie e sua dominação masculina.
Eu não queria ser Marília Gabriela e sua inteligência madura.
Eu não queria ser o Jô Soares e seu humor egocêntrico.
Eu não queria ser a Cleópatra e sua perpetuação na história.
Eu não queria ser Paulo Leminski e sua poesia concretista.
Eu queria ser Melissa Cadore.

Quem quer ser a Melissa Cadore bota o dedo aqui que já vai fechar o abacaxi.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Oração ao Papai do Céu Amado do meu coração.


Querido, Deus. Venho bem humilde lhe pedir para que eu não morra dessa gripe suína. Fui ao Supermercado hoje e as pessoas conscientes estavam de luvas e os atendentes, também conscientes, estavam passando álcool na barra de segurar os carrinhos. Me assustei.
Papai do Céu, meu amiguinho, eu sei que um dia terei que subir (ou descer!!!), mas é que eu não queria fazer a passagem com tanta gente fazendo. Sabe como é, vou ser mais uma vítima da Influenza A. Não gosto, queria um pouco mais de exclusividade.
Paizinho amado, se não puderes me atender e me enviares com tosse e tudo aí pro teu lado, ou pro lado do teu inimigo que mora no quentinho, eu queria mais um pedido, que a Fátima Bernardes não anuncie no Jornal Nacional a minha ida:
-Boa noite. Mais uma vítima da nova gripe no Rio Grande do Sul, uma mulher de 28 anos que estava no grupo de risco, pois era obesa veio a falecer...Mal educada, nem conhece e vai chamando de gorda.
Ai, Deus do Céu e do Infinito, se ela fizer isso, me chamar de gorda em rede nacional, eu juro, mas juro que reuno tudo o que é companheiro que o senhor tem aí em cima e em outros cantos do Cosmos e faço me assinarem um termo de compromisso de que na próxima encarnação ela vem sem progressiva, sem o Bonner e figurante da Turma do Didi.

Amém!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Do megafone


Vá entender a cabeça das pessoas. Todo mundo tem um "que" de curiosidade só que, algumas pessoas, ganham o Prêmio Nobel da Curiosidade. Para essas pessoas eu tiro o meu megafone do bolso, subo na minha bicicleta e dou algumas voltas na cidade para contar meus segredos mais intímos. É um bônus. Um pequeno bônus para quem se importa tanto assim comigo.
Me sigam que pedalo rápido!
1) Sou loira sim. Perguntem para a minha mãe. Isso não quer dizer que não ilumine mais o que já é iluminado!
2)Sou bunduda, coxuda, braçuda e muitos udas, mas barriguda, não! E minha cintura é o que há ainda!!!!
3)Não tenho problemas mentais. Sou muito certa da cuca, obrigada, mas isso não impede que eu sonhe acordada com o dia em que estiver voando!
4) Tenho alergia à canela. Fico horrenda, cheia de bolhas na boca e seus arredores. Então, se quiser me ver feia, esta é uma das únicas opções.
5) A outra opção de me verem feia (anotemmmmm!)é quando fico doente e minhas olheiras tomam conta de mim. Mas existe corretivo facial da AVON e esta opção é quase descartada!
6) Sim, sou lisa. Lisa. Lisa. Que venha a chuva!
7)Sou baixinha, muito baixinha. Mas o que Deus não deu a Hercílio vendeu. Saltos pra que te quero!
8) Lasanha e pizza me fazem pedir Bis (sim, o da Lacta).
9)Não vivo sem Coca-Cola. Pode ser o mal do século, do milênio e do raio que o parta, mas não vivooooo!
10)Tenho rinite, sinusite, bronquite e celulite.
11)Tenho problemas com os números, isso inclui equações de álgebra, fórmulas de báskara,logarítmos e peso, volume e massa corpórea indicado por aquela invenção do homem totalmente desnecessária chamada balança.
12) Não tenho carro, mas vou comprar uma EcoSport amanhã.

Deu, cansei de pedalar e me equilibrar em cima da bicicleta com apenas uma mão. E além do mais, o megafone é pesado pra burro.

A tecla pause


E ela tinha a tecla pause no pulso. Sabia que nem todos os dias seriam ensolarados, que nem todos os amores seriam apaixonados, que nem todas as trilhas sonoras seriam tocadas. Sabia que era necessário usá-la para fugir do nublado.Ao som de Stand by me ele se aproximou e foi colocando a sua mão no seu rosto e adentrou seus cabelos. Ficaram face a face. Ela pensou na tecla pause em seu pulso. Queria parar o tempo. Queria congelar o sentimento. Esqueceu da tecla pause e foi viver o momento. Pelo menos enquanto a música estivesse tocando.

domingo, 2 de agosto de 2009

Da era suína


Tô gripada. Nossa, é uma simples gripezinha dessas de dor na cabeça, tronco e membros. Dessas de se querer olhar pra dentro o tempo inteiro. Pra dentro da barraquinha do edredom, pois fiquei hibernada com a cabeça tapada evocando a Nossa Senhora do Descongestionamento Nasal. Ok, ok, ok, uma gripezinha. Seria uma gripezinha que qualquer Tylenol e seus genéricos terminados em "ol" resolveriam, se não estivéssemos nessa Era Suína.
Me senti um Dalith. Espirrava e todos se olhavam. Fungava e todos já olhavam a metamorfose do meu nariz para ver se estava semelhante a uma porca. Tossia e meia dúzia limpava as mãos com álcool aerosol ( uma super tendência aqui na fronteira!). Não estou enlouquecendo, não perdi a noção geográfica de localização. Sei que não moro na fronteira. Não estou em casa pra completar esse meu rico final de semana de intocável.
Como há várias médicos na família (pelo menos eles acreditam ser, não é bom contrariar), eles me receitaram inúmeras inalações, gotinhas mágicas, repousos e outras coisas do senso comum (ou incomum!!!). Nada adiantou.
Eu já estava perdendo a compostura, descendo do salto, totalmente desfavorecida enrolada em um cobertor de soft quando almas caridosas resolveram sair e eu, zupt,fui junto. Pulei pra dentro do carro rumo a uma farmácia que estivesse aberta em meio ao dilúvio. Desculpem, não contei que águas caiam do céu desesperadamente.No caminho fiquei pensando que não poderia ser mais uma vítima da era suína. Afinal, partir de gripe em pleno 2009 não combina muito com o meu perfil cosmopolitam...
Já na farmácia, eu era uma outra pessoa. Em meio a Tylenóis, Paracetamóis, Descongex Plux e Sorines eu fiz a festa.
- Me vê este Naldecom de duas cores.
- O dia e Noite?
- Dia e noite ? Como é isso, me explica?
- É excelente. Dois comprimidos da noite de noite e os outros dois comprimidos do dia de dia.
-Hummmm. Me vê então.
Foi pra cesta também. E em meio àquelas capsulas que nada tinham a ver com o fantástico mundo dos Freeshops ( que era onde eu estaria no momento), eu estava em êxtase. Realizada com as caixinhas coloridas.
Saí do estabelecimento de vender saúde um pouco mais saltitante e percebi que não era só a gripe que estava acabando comigo, era a não utilização do BanriCompras.

Resmungo, sim, e vou vivendo...

Saco, merda, bosta, chuva.
Merda, bosta, saco, chuva.
Bosta, saco, merda, chuva.
Só de raiva não tirei meu cavalinho da chuva. Vá se molhar equino.

sábado, 1 de agosto de 2009

A tecla mute


E ela tinha a tecla mute no pulso. Enquanto todos falavam freneticamente, ela, maliciosamente, acionava a tecla mute com maestria e precisão. Um silêncio tomava conta do seu íntimo. As bocas se mexiam sem que as vozes se exteriorizassem. Ela, em seu infinito particular, deixava que alguns sabores escorregassem em seu cérebro. Ela podia. Ela tinha a tecla mute em seu pulso.